O pelouro da Cultura da Câmara de Matosinhos promove durante dois dias a poesia. Depois do sucesso alcançado pela iniciativa, no ano passado, o programa pretende homenagear a obra de Florbela Espanca. Sob o mote da poesia, a autarquia presta assim, uma homenagem à cultura, nas suas variadas expressões. Durante dois dias a biblioteca municipal será um local obrigatório para os amantes das artes. Matosinhos serviu de inspiração para muitos poetas, como António Nobre ou Eugénio de Andrade. Todas as actividades têm entrada livre.
Programa A festa começa com a iniciativa que vai revelar Camões como «poeta rap» através de Gisela Canamero. Depois a «Letras com Artes» apresenta os trabalhos colectivos de crianças, antecedendo o conto com música «O aquário», de João Pedro Mésseder. À noite, Celina Mottironi evoca, em alta bijutaria, com desfile pela escadaria central da biblioteca, a poetisa Florbela Espanca, enquanto o fadista Camané dá curso a um espectáculo no salão nobre dos Paços do Concelho.
Amanhã, dia em que se comemora o nascimento e morte de Florbela, realiza-se uma conversa entre crianças e António Torrado, depois segue o teatro «Ou Isto ou Aquilo», interpretado pela Quinta Parede, com base na obra da poetisa Cecília Meireles, terminando a manhã com Rui Torres, expondo a sua poesia cibernética. À tarde, Paulo Renato apresenta a oficina de artes para os mais novos. Depois realiza-se uma mesa redonda com os jovens poetas Catarina Nunes de Almeida, Daniel Jonas, Daniel Maia Pinto Rodrigues, Helena Lopes. Clicar para ampliar
Ao longo da tarde vai haver um excerto de um concerto para piano e guitarra sobre poesia portuguesa pela voz de Aurelino Costa. Posteriormente, Ana Luísa Amaral apresenta Paula Meehan (poetisa irlandesa) e a sua poesia em gaélico irlandês, além de uma perspectiva musical de 12 poemas de Florbela Espanca, com a interpretação ao piano de Jaime Mota acompanhado das vozes de Cláudia Pereira Pinto e Margarida Reis. A Festa da Poesia termina com uma mesa redonda, com Ana Hatherly, Fernando Guimarães, Luís Adriano Carlos, Nuno Júdice e Joana Matos."
Pedro Miguel Rodrigues Fonte.: O Primeiro de Janeiro -6-12-006
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